quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Minha visita à advogada...

Hoje faz 5 meses que estamos separados. De alguma maneira ainda me sinto ligada a ele, não sei explicar como, mas, talvez seja a minha vontade de controlar e salvar tudo e todos.
Hoje sei que ele não é o melhor para mim. Tento esquecer as mágoas do passado, mas, quando me pego colocando as vendas novamente, preciso me lembrar do que eu passei para chegar até aqui. Tenho lembranças boas sim, mas, grande parte são aquelas que eu não quero ter nunca mais.
Pela minha falta de experiência, ele foi meu primeiro namorado, eu aceitei coisas inaceitáveis em um relacionamento. Por isso digo, já começou errado! Já me culpei muito por isso, mas, estou aprendendo a me perdoar, pois fiz o melhor que poderia ter feito naquela ocasião, tanto pela minha pouca idade, quanto pela minha falta de experiência. Tento não ser mais tão severa comigo mesma.

Enfim passou... Bola pra frente agora...
Tenho que pensar em mim, em primeiro lugar.

Hoje fui à advogada. Conversamos e ela disse que o nosso caso não tá difícil, pois, não temos filhos. Precisamos somente resolver como vai ficar a questão do imóvel que compramos juntos. Ela vai ligar pra ele e tentar um acordo.
Confesso que não estou esperando das melhores reações por parte dele. Não sei o que ele vai querer fazer quando ver o que o negócio agora é pra valer. Confesso que estou com medo.
Ele pode querer me manipular, chorar, pedir perdão, dizer que vai mudar ou ele pode tentar fazer algo contra mim.
Sinceramente não sei o que imaginar.
Meu coração está apertado. Um misto de aflição, angústia, tristeza e desespero.
Ele diz que eu o vejo como um monstro e que jamais teria coragem de encostar um dedo em mim, mas, ele realmente se tornou muito agressivo. Não tenho medo dele, mas, do que a droga pode fazer.

Enfim... Preciso enfrentar isso...
A luta está apenas começando. Ninguém disse que seria fácil, afinal, sem luta não há vitória.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

As formas de manipulação...

Bem...antes eu era muito de cair nas manipulações dele, ,mas, agora já tô ligada e consigo perceber os seus joguinhos. Hoje, é mais difícil pra cair, pois, consigo identificar certas atitudes. Ele me conhece bem e sabe o que é preciso fazer para me agradar ou que era preciso, pois, agora não é mais.
Estava analisando as seguintes situações:

- Sempre pedi muito pra ele pegar firme com esse negócio de igreja, pois, eu acredito que uma das formas  para se ter um lar saudável é se apegando ao um Deus maior. E ainda quero muito isso, poder sentar com os meus filhos e falar sobre o amor de Deus em nossas vidas e que sem eles não somos nada. Não sou nenhuma beata, nunca pedi para ele ficar lendo a bíblia comigo, apenas queria que ele participasse mais, para que assim pudéssemos introduzir nossos filhos em um caminho de paz.
Ele normal: Não quero ir, não gosto da igreja, não gostei do que fulano falou, o Celebrando a Recuperação não funciona pra mim, não gostei de ir lá falar com o Pr. Etc...

Ele me manipulando: Vou para o culto hoje, vou servir no ministério, vou fazer o Celebrando a Recuperação, vou conversar com o Pr., vou procurar um PG (Pequeno Grupo) pra mim ....

- Da última vez que falei que iria conversar com a advogada para agilizar a situação. Ele me disse para esperar ele sair da internação.
Ele me manipulando: Já decidi que eu vou me internar. Eu preciso de ajuda. Me espera e a gente conversa assim que eu sair. Aí você decide.

Eu: Caí! Haha
-Ultimamente tem ficado o dia inteiro na biqueira. Eu ainda não vi, graças a Deus, mas as pessoas o veem, principalmente minhas irmãs que fazem aquele caminho.

Ele me manipulando: Oi amor já ganhei mais uns quilinhos. Oi minha rainha tem como você me visitar hoje.
Eu: Sabe aquela situação em que você já sabe de toda a história e sabe que a pessoa tá ali tentando te fazer de “boba” e acreditar que ele tá se recuperando.

- Ele me diz que a vida dele perdeu o sentido depois que o deixei
Ele me manipulando: Sem você eu não tenho motivos para sair disso. Sem você a minha vida acabou, eu não quero mais viver. Me deixa que eu vou me acabar nessa m* mesmo.

Eu antes: Como boa codependente me sentia necessária e indispensável para a existência dele. Entregava-me de vez, acreditando que alguém jamais me amaria dessa maneira ou quando não me entregava, sentia-me culpada por estar causando tanto sofrimento a ele.
Eu agora: Já dei todas as chances e condições. Ele não quis aceitar. Não posso ser o escudo dele, pois ele tem que crescer e aprender que enquanto ele escolher a droga perderá tantas outras coisas. Se ele quer continuar nesse mundinho fantasioso de que a droga não trará nenhuma perda, não serei eu aquela a sustentar isso.

Hoje quero cuidar da vida que Deus me deu. Vou o deixar viver a dele.
Se ele quer se acabar com isso. Eu não quero.
Há muita vida pela frente e tenho certeza de que vou superar isso.
Minha psicóloga me disse uma coisa bem interessante quando questionei sobre a instituição do casamento por Deus.
“Deus é um Deus de amor de perdão. Se ele perdoa um homem que mata, por que você acha que ele não vai perdoar um casal que não deu certo? Ele te amará do mesmo jeito! E mais...Ele veio para que nós tenhamos vida e a tenhamos em abundância, ou seja, você acha que se Ele tivesse que escolher ver um ou dois filhos Seus se matando, o que você acha que ele escolheria?! Salvar pelo menos um, é claro né?!”
Sim! A vida dele tem muito valor e ele é tão amado por DEus quanto eu sou...
Deus não se alegra com o nosso sofrimento. Ele não quer que nós vivamos somente por viver, mas, sim para desfrutar a Sua mais perfeita vontade sobre nossas vidas. E enquanto essa  existir devemos sim desfrutá-la da melhor maneira possível. Não importa se os outros não querem isso, o importante é que nós queremos e podemos sim viver o melhor de Deus!

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

A semana das mudanças

Mais uma semana começando... Comigo as coisas vão indo muito bem, graças a Deus...
É incrível como tenho aprendido a viver, a cuidar de mim e deixar que as pessoas se cuidem. É sério! Estou contente com os meus progressos, espero continuar caminhando.
Coisas que antes me afetavam, agora já não me atingem. A saudade que eu sentia e a vontade de estar perto, hoje já é quase nula.
Quando olho para o futuro, já não me enxergo mais ao lado dele. Pelo contrário, quero me livrar desse balaio de gato logo e seguir a minha vida adiante.
Não sei se isso é bom ou ruim, mas, é o que estou sentindo. E me sinto bem assim...
As coisas estão ficando cada vez mais claras pra mim e posso sentir de que é a mão de Deus me guiando.
Essa semana tomarei algumas atitudes que há algum tempo gostaria de ter feito: a 1ª é que vou conversar com a advogada e a 2ª é que vou arrumar o meu quarto na casa da minha mãe. Tinha visto um ap para alugar, mas, preferi continuar lá, pois, com o dinheiro do aluguel eu junto e dou entrada em um imóvel só pra mim. Com isso, tenho que arrumar umas coisinhas lá para que eu fique melhor acomodada nesse tempo que irei ficar por lá. Meu único medo com relação a isso é que ele fique interferindo por lá, mas, se Deus quiser vai dar tudo certo.
As coisas caminharão a partir do momento em que eu me mover. Afinal, já se passaram 5 meses e se ele não fez nada até agora é porque pra ele a perda não foi maior que a sua vontade de usar. Eu vejo assim.
Ele continua se afundando a cada dia mais e ainda tenta me manipular.
No sábado me ligou e chamou para tomar caldinho. Eu disse que não.
No domingo me ligou para dizer que havia ganho 2 quilos e se continuasse desse jeito, rapidinho voltaria ao seu normal. Fiquei ouvindo ele falar, não critiquei e nem elogiei, mantive-me neutra.
Agora por que eu falo para vocês que isso tudo é manipulação? Porque ele quer mostrar pra mim que está em recuperação, quando na verdade eu sei que não está.
Ontem mesmo, um pouco antes dele me ligar, a minha irmão o tinha visto na biqueira. Na parte da tarde, ele estava reunido com os maiores "nóias" do bairro (coisas que ele nunca fez), agora que ele não tem mais vergonha de se expor. E a noite, minha mãe estava indo para a igreja e viu ele entrando na biqueira novamente.
Sabe, as vezes eu gostaria de não ficar sabendo dessas coisas que ele faz, mas, ao mesmo tempo percebo que isso já não me afeta. A serenidade com que eu me mantive ontem me surpreendeu.
Não perdi a minha noite de sono e não me culpei, apenas o coloquei em minhas orações para que o Senhor mostre o verdadeiro caminho a ele. Que ele possa logo acordar de tudo isso.
Ah! Agora a pouco ele ligou para compartilhar que já havia ganhado mais 800 gramas e que estava contente po isso. Assim ele vai tentando enganar a todos em sua volta, principalmente seus pais, que já dizem a todos que ele está bem e já está mais gordinho.
Talvez se não conhecesse e se as histórias não chegassem em meus ouvidos, seria também envolvida em suas manipulações, mas contra isso, graças a Deus já estou vacinada.

Boa semana pra todas nós!!!

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Rumo à independência...

Por aqui, as coisas vão caminhando, graças a Deus. Sinto-me a cada dia melhor e na certeza de que sigo o melhor caminho. Tenho sentido em meu coração as respostas que tanto pedia em orações. Deus é realmente bom demais. Muitas coisas eu ainda não entendo, mas, tenho a certeza de que tudo nessa vida tem um propósito e nada nunca acontece por acaso e SPH, tem muitos mais coisas a agradecer que a murmurar.
Agradeço porque ainda sou jovem, agradeço porque ainda não tive filhos, agradeço porque sou formada, agradeço porque tenho um emprego e não dependo de ninguém para me sustentar, agradeço porque conheço a Deus e às promessas que Ele tem para minha vida, agradeço por admitir que eu preciso de ajuda, agradeço por ter acordado de uma vida cheia de fantasias e expectativas frustradas, me fazendo crescer e amadurecer. Esse foi o tempo necessário para que eu pudesse enxergar a vida como ela é e não como eu gostaria e imaginava que ela seria. Hoje eu simplesmente aceito o que já foi e o que eu não posso mudar.
Eu aceito a minha codependência, mas, não aceito vive-la na “ativa” e pra isso eu resolvi buscar ajuda, pois sozinha eu não conseguiria. EU tive essa vontade, partiu de mim, porque a dor que eu sentia era muito maior que a dor de encarar uma mudança.
Eu aceito a DQ dele, mas, não aceitei e não aceito a sua drogadição ativa. Pra mim é algo realmente inviável e que me afeta sim. Afeta o meu presente e afeta o meu futuro. Tudo bem que ele está fazendo mal pra si próprio, mas, a partir do momento que estou com ele, está fazendo mal para mim também. Afinal, um casamento é constituído por duas pessoas caminhando rumo a um objetivo e não somente por uma tentando salvar tudo.
Assim fiquei por longos anos. Hoje posso admitir o quanto fantasiei a minha história até aqui. Eu enxergava um casamento normal com brigas comuns. Mas, não era um casamento normal. Era um casamento cheio de marcas do passado que vinham a tona sempre, como um vulcão entrando em erupção. Na verdade, o que eu vivia era apenas a minha expectativa, era o meu sonho, que nunca foi realizado.
É claro, vivemos bons momentos. Isso eu não posso negar. Mas, dentro de mim sempre tinha algo errado. As minhas desconfianças e os motivos que ele me dava. Realmente alguma coisa não se encaixava , pois, as marcas vieram desde o nosso namoro e as histórias mal contadas sempre fizeram parte da nossa rotina.
Ele sempre foi um marido amoroso e que fazia de tudo para me deixar satisfeita, mas, ele não fazia isso por vontade própria e sim porque culpava-se devido às falhas. Era a maneira que ele encontrava para se redimir e assim faz até hoje.
Ele ainda é aquele menino que não cresceu. Aquela cara sem muitas preocupações. O tipo “deixa a vida me levar”, com isso a outra parte da história, a mais difícil ficava comigo. Não porque ele quis, mas, porque EU permiti e aceitei que assim fosse. Sempre achei que um dia as coisas iriam melhorar. Projetava o futuro com muitas expectativas de felicidade entre nós.
Sinto que inconscientemente o ajudei a caminhar para a dependência e não para a independência. E por que isso? Porque eu sempre quis estar no controle de tudo. Do nosso orçamento, das nossas contas, dos nossos sonhos e planos e não admitia que ele fizesse nada sem me consultar, porque achava que nós precisaríamos sentar, conversar e discutir sobre o melhor para nós. Com isso, eu fui virando mãe de um meninão de 30 anos, pois, ele não sabia se cuidar sozinho. Na verdade eu acho sim que em um casamento, as decisões devem ser tomadas em conjunto, mas, não por uma imposição entendem?
Durante as minhas sessões de terapia, a minha psicóloga dizia: Você é a 2ª droga dele e isso precisa ser quebrado. Você precisa quebrar esse ciclo, pois, essa é a única forma de vocês conseguirem a recuperação. Você dará a ele essa oportunidade. Ele precisa ficar bem sem você e infelizmente para conseguir isso é somente com o afastamento, não adianta querer ficar mantendo contato e machucando ainda mais a ambos.
Eu já tentei explicar isso pra ele, mas, não dá. Ele não aceita e com isso não tenho mais nem palavras para conversar, pois, ele não aceita a minha posição.
Não acredito que exista falta de amor, mas, esse amor é um amor doente, um amor que não faz bem, nem a mim e nem a ele. Quando tiro as minhas vendas e enxergo a sua pessoa sem máscaras e sem as minhas perspectivas, vejo que não é o suficiente para mim e para o meu futuro. Infelizmente o meu castelo era de areia, a onda do mar veio e levou.
Esta é uma oportunidade única que teremos de reconstituir o nosso verdadeiro EU, a nossa identidade. Cabe a cada um, decidir o que fazer com a independência.
Eu decido nadar e ir até o fim. Decido ser uma pessoa melhor com autenticidade e personalidade. Decido viver e deixar viver.

Quanta a ele...Não cabe a mim responder...

Creio que Deus o guiará...

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Vamos aos acontecimentos...

Depois do último episódio, as coisas se acalmaram por aqui. Eu estou bem. Ele ainda tenta me manipular para que eu volte atrás, mas, continuo firme. Sinto muito pelo fato das coisas terem se conduzido dessa maneira, mas, apesar de sentir, hoje me sinto melhor do que quando estava ao seu lado.
Tenho cuidado mais de mim, olhado mais pra mim...Sempre fui uma pessoa vaidosa, mas, agora acho que estou mais, afinal, não tenho outra vida pra cuidar né?! Vamos cuidar de mim então!...rsrs... Estou voltando com as minhas atividades físicas, massagens, comprinhas no shopping e outras coisinhas que me fazem bem. Não faço isso para preencher o meu vazio, mas, para me proporcionar momentos de alegria. Fazia tempo que não sentia isso. Acho que estou caminhando bem.

Quanto a ele...

Bom, continua do mesmo jeito.

Já havia falado aqui que nós compramos uma casa, só que ela ainda não está pronta, pois, compramos na planta. O que acontece é que agora ela está pronta e a vistoria havia sido marcada para o dia 19/11. Eu não fui, ele foi. Para mim é muito difícil, ter que encarar a realidade como é, pois, o que era para ser a realização de um sonho, hoje já parece algo distante.
Dias antes da vistoria, ele disse que já tinha tomado a decisão dele: Iria se internar. Mas, queria muito fazer a vistoria da casa e tal. Disse a ele que se esse fosse o problema, eu iria fazer a vistoria. Ele disse que não. Queria, de qualquer jeito, fazer a visita. E ainda, que depois da visita, eu poderia leva-lo diretamente à clínica, pois, ele já tinha admitido que precisava se tratar. Perguntem se ele foi?! Não só não foi, como, nem tocou no assunto. Confesso que isso ainda me irrita demais, promessas não cumpridas
Quando me lembro de tantas promessas que já ouvi e acreditei, sinto raiva no meu coração. Peço a Deus que me purifique, para que eu possa libertá-lo também, mas, confesso que às vezes é difícil.
Sinto raiva dos pais dele, porque passam muito a mão na cabeça do filho. Para eles, a culpada de tudo o que está acontecendo, sou eu, e isso é muito difícil para  aceitar. A minha sogra chegou a falar para a minha cunhada que foi morar com o filho, porque ela ficou sabendo que eu judiava muito dele. Meu Deus! Se judiar é arriscar a vida em biqueira atrás do outro, é se auto-anular, é deixar de falar as coisas por medo de machucar o outro e guardar tudo no coração; a concepção que eu tenho de maltratar é bem diferente da dela.
Cuidei daquele homem como uma mãe cuida de um filho e não como esposa. Assumi as minhas obrigações com apenas 20 anos, lavei, passei, cozinhei, me importava com as vestimentas; até as suas roupas, era eu quem comprava. E o que eu ganhei em troca?
Quantas vezes eu implorei para ele passar um fim de semana inteiro comigo, quando ele preferia sair para pescar com seus amigos ou com seu pai. Quantas noites de sono eu perdi, esperando ele voltar ou atender o telefone. Em quantas histórias mentirosas e mal contadas eu tive que acreditar?
Os pais dele sabem de tudo o que acontecia, mas, preferem continuar passando a mão na cabeça do filho a admitir que ele escolheu esse caminho por conta própria. É muito mais fácil falar para os vizinhos que ele está em depressão porque a mulher foi embora, que falar o por quê dela ter ido embora.
Sei que não pode me abalar com essas coisas, pois, ao fazer isso estou dando o controle da minha vida a terceiros, mas, o meu coração dói mesmo, de verdade. Só de lembrar sinto raiva. Também peço muito a Deus para que me ajude a perdoá-los, pois, isso só fará mal a mim mesma. A falta de perdão gera muitos males, é como se tomássemos um veneno e esperar que o outro morra. Só que o outro não morre e o veneno continua dentro de nós, nos matando aos poucos. Preciso sim me libertar.
Tenho orado muito a Deus, pedindo para que Ele me guie pelo caminho certo. E creio que assim Ele faz.
Essa semana eu também fiquei chateada com algo que aconteceu. Vi um comentário dele em uma foto da tia do filho dele (que estava de biquíni) com o seguinte comentário: “Assim você me mata”...haha...Na hora eu senti muita raiva, senti vontade de copiar e mandar para ele, mas, depois pensei e achei melhor não, pois, na hora da raiva a gente acaba fazendo coisas que se arrepende depois. Resolvi deixar quieto.
Confesso que me senti desvalorizada, minha auto-estima foi lá embaixo. Por alguns minutos olhei para aquela foto e me perguntei: O que ela tem que eu não tenho?!...Entristeci...Aff...olha o pensamento do ser...Depois retomei os meus pensamentos e percebi que o que ela tem, eu não quero ter: Vulgaridade. E se ela tá dano mole para ele também, não sabe o que a aguarda, eu já sei...e isso eu também não quero.
Decidi que eu não iria fazer nenhum comentário, mas, não adianta o negócio ficou me corroendo por dentro. Ainda mais quando ele decidia dar uma de marido arrependido, que sem mim ele não vive, que a vida não faz sentido e blá blá blá...Sentia muita raiva e não aguentei. Perguntei pra ele:

- E a D. (a menina de biquíni) como vai?
Ele: Tá bem. É irmã da L. (mãe do filho dele).
Eu: Legal saber que você tá bem intrsado com a família
Ele: Iiiii filha, eu não fiz nada e nem falei nada.

(já se entregou haha)
Dei uma de louca e falei, tudo bem. Deixa pra lá, as escolhas sempre serão suas. Mas, o que mais me irrita é que você vem com esses papinhos de que eu já estou com outro, quando na verdade é você quem já está se movimentando.
Ele continuou dizendo que não fez nada. Resolvi não discutir. Deixa pra lá. Ele é responsável por suas decisões e o fato dele ficar com essas gracinhas, só me traz a certeza de que ele não quer a recuperação e sim ancorar em alguém que o aceite dessa forma, usando a hora que quiser, esquecendo as responsabilidades e ajudando ele a não assumir a sua adicção. Resumindo: Usar a mesma venda que ele usa nos olhos.
Realmente a DQ traz rombos inimagináveis na vida das pessoas. Como voltar a confiar em alguém assim. Pois, por mais que ele abandone a droga, certos comportamentos compulsivos com este narrado, continuarão presentes. Como um dia poderei aceitar que ele vai visitar o filho, sem encontrar com a tia de” biquíni” do menino. Não dá! Ainda mais que sei que os filhos são para a vida toda e não posso privá-lo jamais de estar presente, mas, onde ficaria a minha cabecinha hein?! Conhecendo a peça, sei que não teria paz.
Por isso vou seguindo, deixando que a vida siga o seu fluxo normal. Sem me precipitar ou procrastinar, apenas deixando com as coisas aconteçam no momento certo.

A minha parte já estou fazendo: cuidando de mim. O mais será encaminhado.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Até onde você irá?!...


Estou aqui pedindo a Deus para me dar forças para suportar as adversidades que a vida me impõe.

Agora ele está querendo se vingar do pai do menininho que ele quase atropelara na noite anterior. Disseram que ele parou várias vezes na frente da casa do rapaz, mas, graças a Deus o rapaz não estava lá.
Quando cheguei do trabalho fiquei desesperada ao saber da notícia. Minha família e eu estamos todos muito abalados. Meu Deus! Em que ele está se transformando?!
Oramos juntos e pedimos oração por ele. Por hora é somente o que podemos fazer.
A dor no peito é grande. Hoje meus sentimentos estão um misto de tristeza, impotência e medo.
Quando cheguei e me contaram do ocorrido, liguei para a mãe dele para avisar o que havia acontecido. Ela me falou que ele estava dormindo e que ela já estava sabendo.  Me tratou super mal, seca e grossa. Conversei com ela sobre internação involuntária. Ela disse que ele não quer se tratar e a única coisa que ela pode fazer é orar. A minha parte eu fiz, agora não quero mais me envolver.
Confesso que estou com medo. Medo por mim. Medo por ele.
Preciso prezar pela minha segurança, pois, nesse momento ele também põe a minha vida em risco.
Meu coração se aperta e as lágrimas caem. É inevitável.
Não esperava que as coisas caminhassem dessa maneira.
Hoje de manhã ele me ligou perguntando se eu não queria mais falar com ele. Disse que não. Ele desligou o telefone na minha cara.
Em seguida ligou e perguntou: Onde você quer me visitar, na cadeia ou no cemitério?
Respondi: Olha você é o autor da sua própria história. Como eu posso interferir nas suas decisões?
Ele desligou.
Daqui a pouco começou a me enviar mensagens pedindo para ver as gravações do que ele iria fazer.

Meu Deus, que terror psicológico!
Tá difícil.
Estou tentando manter a serenidade. Já chorei. Já orei. Entreguei o meu destino e o dele nas mãos do Senhor. Que seja feita a Sua vontade.

“Ó Senhor, responda-me depressa porque meu espírito já desfalece! Não se esconda de mim, pois aí nada me restará a não ser a morte.Mostre-me o seu amor fiel já pela manhã, porque confio no Senhor. Mostre-me o caminho por onde devo andar porque a minha oração é sincera.Senhor, livre-me dos meus inimigos, pois o Senhor é o meu abrigo seguro.Ensine-me   a fazer a tua vontade, pois o Senhor é o meu Deus. Que o seu bom espírito me guiar por caminhos retos e seguros! Senhor, preserve a minha vida, por causa do seu nome. Demonstre a sua justiça perfeita livrando a minha alma de toda a angústia.Por causa do seu amor fiel e cuidadoso por mim, destrua os meus inimigos e todos aqueles que me oprimem a alma, pois sou seu servo”
Salmos 143- 7:12

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Tristeza...


Dizem que a adicção é a doença do SE né?! Pois é...ontem pude ter a certeza de que ela é assim mesmo.
Há algum tempo venho colocando em mim a ideia de que chegou a hora de dar um ponto final na nossa história, por mais que o meu coração peça para que eu continue, alguns acontecimentos dos últimos dias me levam a crer que essa relação não tem mais futuro. Já deu o que tinha que dar. Agora é guardar os bons momentos e tentar perdoar os ruins. Perdoar a mim. Perdoar a ele.
As coisas têm acontecido da seguinte maneira: Ele que não quer se tratar (acha que dar conta sozinho) e quer que eu volte pra casa. E eu, obviamente não aceito porque eu já vi esse filme várias vezes. Depois de muito ele insistir a continuar dessa maneira, disse a ele que melhor então entrarmos com o pedido de separação e cada um seguir a sua vida, pois os nossos objetivos são diferentes. Ele saiu igual um louco de casa, não aceitando mesmo. Isso foi na semana passada. Ele passou a semana inteira me ligando desde então para saber se por acaso eu não tinha mudado de ideia. Sempre disse que o amava, mas, que o nosso amor era doente e por isso então era melhor seguirmos caminhos diferentes, pois, o que é bom para ele não é bom para mim e o que é bom para mim, não é bom para ele. Ele claro, não entendeu.

Vim pedindo a Deus para que acalmasse o coração dele e fizesse-o entender que dessa forma seria melhor. Ontem ele me ligou dizendo que precisava falar comigo, quando cheguei em casa liguei pra ele. A conversa foi assim:
Ele: Eu entendo os motivos que te fazem não querer voltar comigo e concordo com você de que a gente não dá mais certo. Vamos resolver tudo isso logo porque eu não tô aguentando mais. Te amo de verdade do fundo meu coração e gostaria muito de que você voltasse para mim, mas, se você não quer vamos agilizar tudo logo.
Eu: OK. Vamos ver isso sim. Como vamos fazer?
Ele: Amanhã eu procuro um advogado e te ligo.
Eu: Pode ser. Só queria te falar uma coisa: Não é só porque nós estamos acabando um casamento que precisamos virar inimigos. Você sempre terá o seu lugar de honra no meu coração e isso ninguém nunca vai mudar.
Com poucas palavras, dizendo que não queria se prolongar, ele foi embora.
10 minutos depois, me liga:
Ele: Satisfeita agora?
Eu: Satisfeita com o quê?
Ele: Falei o que você queria ouvir né?! Agora você vai estar livre.
Eu: Vai ser melhor pra gente. Você vai ver.
Ele: Claro que vai ser melhor pra você. Agora que você já tem outro né?!
(Ele cisma em dizer que eu tenho outro, pois, para ele a única explicação para o fato de amá-lo e não aceitar voltar é simplesmente o fato de estar me relacionando com outra pessoa e eu não tenho ninguém. Sempre o honrei e ainda honro, apesar de tudo).
Eu: Não tenho ninguém e você não tem o direito de ficar me julgando assim. Se você quiser investigar a minha vida, fique a vontade.
Ele: Então por que você não aceita voltar comigo? Por que a gente não tenta de novo?
Eu: Porque nós já tentamos várias vezes e sempre paramos no mesmo ponto.
Ele: Sabe qual é o seu problema? Você quer que eu faça as coisas do seu jeito. Você quer que eu frequente o Celbrando a Recuperação. Deu certo pra você, pra mim não dá. Não adianta. E também não quero ficar indo pra igreja direto. Só vou uma vez ou outra, quando tiver vontade. Não adianta você me encher o saco para que eu vá com você. (Detalhe: Das últimas vezes que ele foi, o próprio se ofereceu para ir. Nunca mais o chamei, mas, ele ia como tentativa de me manipular.)
Eu: Sabe por que não dá mais certo ficarmos juntos? Porque nós temos objetivos diferentes. Eu quero ser mãe e quero ensinar um caminho aos meus filhos, quero formar uma família estruturada, dentro do possível, e se nós não compartilhamos as mesmas ideias infelizmente o resultado não vai ser legal.
Ele: Então faz o seguinte: Casa com o crentinho da p*** da sua igreja que você já deve estar pegando.
Repeti: Eu não tenho ninguém!
Ele desligou o telefone.

10 minutos depois, chegou igual um louco novamente, queimando pneu do carro e quase atropelou uma criança que brincava na rua.
Entrou na garagem e começou a tentar quebrar o meu carro com uma chave de fenda gigante e gritava: Também não vai ficar com p*** nenhuma. Nessa hora meu irmão chegou e tirou ele de lá. Saiu puxando ele para fora e pediu para ele ir embora porque se ele encostasse um dedo em mim ele iria se ver com ele. Aí ele falou que não iria embora e que se o meu irmão quisesse poderia até bater nele. Meu irmão se exaltou e eu entrei no meio para que o pior não acontecesse.
O pai do menininho que ele quase atropelou, também chegou lá naquele momento e começou a tirar satisfações com ele. Muito prepotente ele começou a provocar o cara. O cara deu um soco na cara dele e começou a sangrar. Eu comecei a chorar e segurei ele para ele não revidar, mas, não adiantou na hora em que o soltei ele voou para cima do cara e aí o cara jogou ele no chão e começou a dar socos em pontapés nele. Saí gritando, pedindo pelo amor de Deus para o cara não fazer aquilo com ele. Não sei de onde tirei forças, mas, entrei no meio da briga e consegui segurar o cara; enquanto meu irmão ajudava meu marido a se levantar do chão.
Foi horrível. Nunca imaginei um dia vivenciar isso. Não consegui sentir raiva,  mas, sei que Deus mandou o meu irmão ali naquela hora. Foi um livramento. Sei que ele não iria ficar só ali na garagem tentando acabar com o carro, ele iria entrar para me afrontar ou fazer coisa pior, sabe-se lá o que. Ele estava fora de si. Senti medo, mas, agradeço a Deus por não permitir que o mal me atinja, pois, todos os dias eu peço em oração para que ele afaste de mim todo o mal que queiram fazer contra mim.
Não conhecia esse lado dele. A cada dia que passa ele está se transformando. Essa agressividade toda eu nunca tinha visto, ainda mais, com coisas materiais como é o caso do carro, mas, sinto que a vontade dele era de quebrar a minha cara, aí para não partir para cima de mim ele foi no carro, o que não quer dizer que ele não viria em mim também.
Estou muito confusa e tentando digerir o que aconteceu. Dessa vez, ele mexeu com toda a minha família, pois passou dos limites e pôs em risco a nossa segurança.
Meu sobrinho de apenas 13 anos, estava escondido com uma faca e disse que se ele fizesse algo contra a tia, ele o mataria. Meu Deus, até o meu pequeno envolvido nisso. Não pude acreditar.
Meus sentimentos resumem-se em um misto de compaixão, pois, não consigo esquecer o desespero em seu olhar; aquela figura magra jogada no chão e sendo agredida à socos e pontapés, triste demais, com a sensação de que agora realmente acabou, isso foi forte demais para mim.
A verdade é que ele não aceita ouvir um não. Enquanto estão todos concordando com ele, ele fica um cordeirinho. Quando ele ouve um não ele se desespera e tenta ganhar as coisas na força. Isso para mim não dá, pois, não é assim que as coisas serão resolvidas.
Depois disso tudo, ele ainda me ligou. A minha cunhada atendeu. Ele estava pedindo para que eu fosse leva-lo ao hospital pois o seu rosto estava inchando muito. A minha cunhada disse a ele que eu não iria, mas, que ela estava indo para leva-lo. (Por que ele queria que eu fosse se o carro do pai dele tá na garagem?)
Quando ela chegou lá ele disse que não iria, pois, a polícia estava atrás dele e se ele fosse iria ser pego. Já estava alucinado. Ele sempre teve essa mania de perseguição com a polícia. Minha cunhada disse que minha sogra, começou a falar que ele estava assim porque eu o havia deixado nervoso ao telefone. Triste demais saber que eles ainda me culpam. Não procuram ajuda e acham que o excesso de amor, zelo e proteção irá curar o filho. A minha parte eu já fiz, dei telefones de grupos, passei endereços e horários, mas, eles ainda acham que não precisam, pois, não foram procurar nada. Não posso pegar pela mão e arrastar né?! Ainda mais sabendo que eles me culpam, tudo o que for sugerido por mim, será visto por eles, como uma forma de prejudicar o filho. Entrego nas mãos de Deus. Nada mais posso fazer. Sou impotente quanto a vida de terceiros.

É como sempre dizemos: Viva e deixe viver.
Ainda que a vontade do outro não seja viver ou viver saudavelmente, eu nada posso fazer, apenas aceitar.

Peço a Deus que me conceda a força para seguir em frente.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Mulheres que Amam Demais - "Os 10 passos"

Essa foi uma leitura que doeu demais em mim, porque me fez enxergar em quantas situações eu me meti por amar demais um homem, por amá-lo tanto que até esqueci de mim.
Recordo de quantas vezes chorei por me decepcionar com este homem, porque ele fazia coisas, que no meu ponto de vista, não eram corretas e dizia a ele que a culpa não era dele e sim minha, porque se eu me entristecia era porque o amava mais que a mim mesma. Isso foi dito a ele inúmeras vezes: Eu te amo mais que a mim! 
Com o tempo, comecei a perceber que eu deveria sempre estar em primeiro lugar na minha vida, e  por mais que fale muito disso, ainda é algo bem difícil para mim.Mas, já consigo perceber progressos com relação ao desligamento. Estou caminhando.
Neste livro, aprendi que também sou doente e que a minha doença progride de maneira muito semelhante à dele. O lado bom da história é que ela também tem recuperação e por isso, vou colocar os passos aqui para que eu possa recordar todas as vezes que começar a perder o foco.

1- Procure ajuda
Significa basicamente fazer algo, tomar a primeira atitude. Essa ajuda pode ser em forma de livro, grupos de apoio, consultas com terapeutas.
É muito importante compreender que procurar ajuda não significa ameaçar o parceiro de que você vai fazer isso. Tal atitude é normalmente uma tentativa de chantageá-lo. Devo deixar o meu parceiro fora disso. Tenho que me lembrar que estou fazendo isso por mim,caso contrário, essa não passará de mais uma tentativa de manipulação.

2- Faça da própria recuperação a prioridade principal na vida
Significa que vou seguir todas as etapas necessárias para me ajudar, não importa o que está sendo exigido. Se achar que isso é exagerado demais, pensarei em até que ponto iria para fazer com que ele se modifique para ajudar na recuperação dele. Reverterei toda a força dessa energia para onde ela fará algum bem - a minha vida! Usarei essa força somente para modificar a mim mesma.

3-Encontre um grupo de apoio formado por semelhantes que a compreendam
Para quem se relaciona com dependentes químicos tem o Nar-Anon, Amor exigente e alguns outros criados em instituições religiosas que pregam a recuperação baseados nos mesmos princípios do Nar- anon, por exemplo.

4-Desenvolva a espiritualidade através da prática diária
Devo reservar uma hora calma do meu dia para orar e pedir orientação sobre como viver a minha própria vida, enquanto LIBERTO os que estão ao meu redor para viver a deles.
Ao entregar o controle da situação nas mãos de Deus, estou livre da responsabilidade opressora de consertar tudo, de controlar o homem e evitar desastres.
Preciso entender que ninguém tem que se modificar para que eu me sinta bem e que com Deus, minha vida fica muito menos vulnerável aos atos de outras pessoas.

5-Pare de dirigi-lo ou controlá-lo
Significa não ajudar e não dar conselhos. A outra pessoa, tem a mesma capacidade de procurar um terapeuta, N. A, A.A, ou o que for. Quando me responsabilizo em encontrar a solução, tiro-lhe o peso da própria vida. E quando os meus esforços não derem certo, será a mim quem ele culpará.

6-Aprenda a não se envolver em jogos
São formas de interação empregadas para evitar a intimidade, ao se envolver em jogos a pessoa tenta colocar a responsabilidade pelo bem-estar nas mãos do outro.
Em relacionamentos doentios, os jogos aparecem nos diálogos em que os papéis resgatador, perseguidor e vítima, se alternam entre os parceiros.
O PERSEGUIDOR é o que tenta culpar, o RESGATADOR é o que tenta ajudar e a VÍTIMA é sempre o "inocente" e "desamparado".

7-Enfrente corajosamente os próprios problemas e os próprios defeitos
Após parar de dirigir, controlar e abandonar os jogos, não terei mais nada para me distrair. Isso fará com que eu esteja frente a frente com meus problemas e minha dor. Precisarei de uma análise profunda. Devo examinar o meu presente e descobrir o que me faz sentir bem e o que me torna infeliz. Examinarei também o passado, listando todas as coisas boas e ruins, terei de ser o mais sincera possível comigo mesma.
Após isso deverei compartilhar com alguém de minha confiança, não para me orientar ou aconselhar, mas, apenas para me ouvir.
Não devo fazer de meu esposo o ouvinte disso tudo, mais tarde, bem mais tarde, poderei optar por compartilhar isso com ele ou não. Pois, ao contar com ele no processo de recuperação, estarei de alguma forma buscando a aceitação e esse não é o objetivo.

8- Não devo esperar que ele se modifique para que eu continue vivendo
Também não devo esperar pelo apoio financeiro ou emocional dele. Devo planejar a minha vida como se não tivesse em quem me apoiar.
Devo ver a vida como uma mesa farta. Devo correr riscos: Conhecer novas pessoas, viajar sozinha; qualquer coisa que eu sei que precisa ser feita, mas, não tive coragem para fazer.
Devo, de tempos em tempos, me submeter a fazer uma coisa bem difícil, isso fará com que eu sinta um enorme vazio interior, porém, fará com que eu comece a trilhar o caminho da auto-aceitação.

9- Colocarei meu bem estar, desejos, trabalho e planos em primeiro lugar. 
Ao tomar essa decisão deverei estar preparada para receber críticas das pessoas, que na realidade, só querem que eu volte a ser como antes, apenas para satisfazê-las.
Acreditarei que minhas vontades e necessidades são muito mais importantes e que satisfazê-las é minha obrigação. Ao mesmo tempo, estarei assegurando a outros o direito de serem responsáveis na satisfação dos próprios desejos e necessidades.
"QUANDO ABANDONAMOS A FUNÇÃO DE SUPERPROTETORA, DAMOS ESPAÇO PARA ALGUÉM CUIDAR DE NÓS"

10- Devo partilhar sem aconselhar
Essa é a última etapa da recuperação e não a primeira. Quando encontrar uma pessoa com um passado parecido com o meu, falarei  da minha própria recuperação sem necessidade de coagir aquela pessoa a fazer o mesmo que eu fiz.
Ao ajudar as pessoas a se recuperarem manterei a minha própria recuperação, ao falar sobre o assunto irei valorizar tudo o que passei para me recuperar, com isso darei perspectiva e coragem a minha vida.

É isso...Coloquei tudo em primeira pessoa mesmo porque é o que eu quero para mim. Sei que o caminho é longo, mas, não impossível de ser alcançado.