terça-feira, 30 de julho de 2013

Codependente: Controlador ou Controlado?

Boa noite galerinha...
Por aqui as coisas vão caminhando e já estou melhor que da última vez em que postei...Ainda tenho que ajeitar uma coisa aqui e outra ali, mas, creio que vou conseguir resolver tudo da melhor maneira possível. Como eu disse: coisas boas também aconteceram, afinal nada acontece por acaso, mas,assim que estiver tudo certo venho aqui compartilhar com vocês.

Gostaria de lhes informar que a "margarida" apareceu! rsrs...Ele está em outro estado, na casa de familiares. Precisou dar um tempo daqui pois parece que as coisas realmente não estavam legais para o lado dele. Pelo que fiquei sabendo ele está limpo e já querendo voltar para cá, mas, parece-me que seus pais não estão permitindo. Que assim seja! Acho que de longe e sabendo que ele está bem, eu sofro menos. Independente de tudo, sempre irei desejar o melhor para ele, assim como desejo para mim. Oro para que possamos encontrar os nossos verdadeiros caminhos e nossa verdadeira identidade.

Mas, o motivo que me traz aqui hoje é outro: Como nós sabemos que temos que continuar sempre voltando, estou lendo mais uma vez o livro Co-dependência nunca mais, de Melody Beattie. Acho esse livro incrível e posso até arriscar a dizer que é um manual para todo codependente que quer assumir o controle de sua vida novamente. Realmente fantástico! Quem já leu sabe do que estou falando.

A autora expressa muito bem o conceito e o contexto da codependência. Em um trecho, lido por mim essa semana, Melody relata a conversa que presenciou entre um casal,em uma reunião aberta , cujo esposo era alcoólico:

- Você me acusa de tentar controlá-lo, e acho que está certo-disse ela. - Já fui com você a bares para que não bebesse tanto. Deixei-o vir para casa quando estava bêbado e violento, para que não bebesse mais ou ferisse a si mesmo. Já medi suas bebidas, bebi com você ( e odeio beber), escondi suas garrafas e levei-o ao Alcoólicos Anônimos.
E acrescentou:
- Mas a verdade é que você sempre me controlou. Com todas aquelas cartas da prisão dizendo o que eu queria ouvir. Com todas aquelas promessas, todas aquelas palavras. Cada vez que estou prestes a deixá-lo, a ir embora para sempre, você faz coisas ou diz as palavras certas para que eu não vá. Sabe muito bem o que eu quero ouvir, e diz tudo direitinho. Mas você nunca muda. E nunca teve a intenção de mudar. Só quer controlar-me.
Ele deu um meio sorriso e concordou.
-Sim, tenho tentado controlar você. E tenho feito um bom trabalho quanto a isso. 

Caramba! Como eu me identifiquei com isso! Tanto é que sempre me achei uma pessoa super controladora, mas, a verdade é que na sede de controlar, quem acabava sendo controlada era eu.
Controlada por ele, controlada pela doença dele. Eu realmente estava sem o controle da minha vida.
Quantas vezes já estive prestes a colocar um ponto final e ele vinha com todas as palavras doces que eu precisava ouvir e eu já mudava de ideia. Ah! dessa vez vai ser diferente,eu acreditava! E mais uma vez alimentava aquele ciclo doentio. Já sabia onde iria parar, mas, sempre queria tentar novamente. Dizem que o pior cego é aquele que não quer enxergar né? Pois é, eu me sentia assim.
Eu já fiz de tudo para tentar controlar a doença dele: Amei, odiei, cuidei, manipulei,chantageei , isolei, abandonei, permaneci, saí, chorei, abracei, acalmei, humilhei, encorajei, desencorajei, disse palavras bonitas, disse palavras feias, fui perseguidora, fui vítima...Nada! Nada! Nada disso adiantou! Pelo menos não para atingir o objetivo que eu desejava. Não "consegui" levá-lo ao tratamento. Não "consegui" fazer dele o homem que eu queria. Não "consegui" fazer dele o pai ideal para os meus filhos. Definitivamente, não consegui nada em relação às mudanças que planejei para a vida dele, mas, em contrapartida, consegui gastar energias que deveriam estar sendo gastas em outro lugar: na minha vida!
Isso me leva, mais uma vez, a conclusão que eu só posso mudar a mim mesma e que toda a energia que eu gastar para mudar o outro será utilizada em vão, pois, não sou responsável e nem tenho o poder para tal.
Saber que eu vivi assim por longos períodos da minha vida me entristece, mas, ao mesmo tempo me encoraja a querer mudar  e não mais repetir os mesmos erros. O que passou, passou! Não volta mais... Embora, por vezes, me bata o desejo de voltar e fazer tudo diferente, sei que isso já não é mais possível. Então...o negócio agora é viver o hoje e acreditar que o amanhã será bem melhor.

Desejo bons momentos a todos ...

Fiquem na paz!

4 comentários:

  1. essa parte do livro gravou na minha cabeça quando li..kkkk e confesso q foi uma das coisas que me ajudou a tocar o foda-se..(desculpa o palavrão)....ai fiquei com uma raiva dele...kkk...mais eu entendi q sou ser humano e isso é normal sentir raiva de la pra ca vim equalizando essa raiva com o amor...pq na verdade ele me controlava pq eu deixava...rs...bju e ti amuu feliz por vc

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  2. há...e essa frase tb me ajudou...falar até papagaio fala quero ver é fazer..negoooo...bjuuu...por isso q eu não acretido mais em chorumelas, posso ser injusta até posso...mais se hoje não acredito mais é pq uma vez acreditei e fui enganada, pra recuperar a confiança agora é só fazendo...e te garanto...q o caminho de volta ira durar no minimo o mesmo tempo do caminho da Ida...no minimo 6 anos...pra quem sabe um dia dividir o mesmo teto com o DU...isso quem sabe um dia..pq Hoje eu digo q não teria coragem de amarrar minha vida financeira a dele...por mim e pelos meus filhos...jamais permitirei de novo que venhamos a passar aperto pela irresponsabilidade dele...sim ele é doente mais é adulto...e no minimo deve saber se manter sozinho...ajuda pra chegar nesse ponto ele tem de todos os lados, não como ele gostaria claro, mais não está abandonado...resumindo se ele quiser ele consegue...eu q sou mãe careguei 2 fihos, enfrentei 18 meses de gestação com marido adicto...ainda assim eu lutei e consegui...se eu consegui qualquer um consegue inclusive ele...afinal ninguém é melhor do q ninguém..basta querer...bjuuu

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    1. Acho que essa já é a terceira vez que leio o livro..kkk...e é incrível como cada vez que leio descubro coisas novas ou olho de uma maneira diferente. Como as coisas mudam né?! Amiga, vc está bem fortalecida e fico muito feliz mesmo pelo seu progresso...Vc tem demonstrado o quanto tem conseguido equalizar toda a situação...E você está certa: falar até papagaio fala! Muitas vezes já me culpei por não acreditar mais e por até mesmo estar sendo injusta, como vc falou. MAs, o que ocorre é que eu tenho motivos para não acreditar e penso que não sou quem tenho que voltar a acreditar, mas, sim ele deve me dar motivos reais, concretos, para que eu volte a confiar. Porém, ele nunca entendeu...Eu nunca o abandonei, sempre estive disposta a ajudá-lo, mas, a ajuda que ele queria era que eu permanecesse ao seu lado para assim se tratar. Ou seja, a ajuda que eu oferecia, também não era a que ele queria e a ajuda que ele queria, eu não poderia dar...Pois, como eu falei lá em cima...já fiz de tudo e nada adiantou, então acho que chegou a hora de me poupar um pouquinho né?! Sabemos que dói e dói muito mesmo, mas, infelizmente toda escolha tem uma consequência, tanto para o bem quanto para o mal.
      beijão gata TMJ!

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  3. Que possas viver na prática, todo o aprendizado teórico do excelente livro!
    Bons momentos pra ti, minha amiga!
    Abração e TAMUJUNTU.

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